O craque Cesar Lemos: Era um Palmeiras vs. Corinthians. Os palmeirenses ganhavam de 1 a 0, até que o adversário conseguiu empatar. No meio da confusão após o gol, César Lemos foi catimbar e acabou expulso. Sem hesitar, o palmeirense pegou a bola e foi com ela para o vestiário. Naquele momento, essa era a única bola disponível. A partida teve que ficar vários minutos interrompido.
Episódios como esse explicariam porque o craque César Lemos "virou" César Maluco. Segundo ele conta, o apelido lhe foi dado pelo famoso locutor esportivo Geraldo José de Almeida, que começou a chamá-lo assim quando no início dos anos 70 César passou a comemorar seus gols subindo nos alambrados e se misturando aos torcedores. Bastava se aproximar de um clássico para ele aparecer na imprensa fazendo provocações e prometendo gols. E na maioria das vezes ele cumpria a promessa, o que só aumentava o ódio das torcidas adversárias por ele. Além da personalidade marcante, que deu "tempero" à famosa Academia, César marcou época por sua habilidade em frente ao gol. Um dos melhores cetroavantes da história do futebol. Curiosamente, ele é de uma família de artilheiros. Seus irmãos são Caio Cambalhota e Luisinho "Tombo" Lemos. Aí é outra história!
O craque Paulo Cesar Lima "O CAJÚ INTELECTUAL" – PC, na época em que jogou pelo Botafogo, vivia em rodas com jornalistas e intelectuais como Luiz Carlos Barreto, Ibrahim Sued e Carlinhos Niemeyer (dono do Canal 100). Segundo ele era “o único boleiro aceito nessas rodas com artistas e intelectuais”. Era um jogador que divulgava as idéias do movimento Black Power e dos Panteras Negras, que pregavam igualdade entre negros e brancos, a cultura negra, e divulgavam as idéias dos grandes ídolos negros na época. Não foi à toa que PC recebeu o pai do reggae, Bob Marley, em uma de suas visitas ao Brasil. Em sua passagem pela França se tornou uma pessoa influente, freqüentava festas da alta sociedade, regadas a quantidades exorbitantes de bebida. Conheceu esportistas, empresários e designers que possibilitavam o que ele quisesse. Andava com belas mulheres, restaurantes, festas, passeios de iate e lancha. Hoje se tornou um sujeito livre destas coisas e cheio de vitórias.
O craque Edison Baraçal: Um sujeito que gosta de gente, um ser humano raro hoje em dia. Não só pela fotografia, mas pela ética, nobreza simples de ser e de um profissionalismo exuberante. Um homem completo no sentido da palavra, de amigos que o glorificam como eu e outros diriam o mesmo ou muito mais. Um craque da fotografia! De quebra um dia já jogou futebol e muito bem por sinal.