o mundo é miragem na vidraça,
tem água na paisagem e
alma se enclausura com cuidado.
A chuva apagou as estrelas,
formou um lago de memórias,
inquietudes, casa vazia…
Chuva cai e oculta tudo lá fora,
bate no vidro e traz saudade,
cai musicando nos telhados,
reverenciando a madrugada.
É chuva que cai na alma,
é o choro do vento na rua,
vagarosas horas de nostalgia,
acinzentando o peito,
quando a natureza entristece.
por Sônia Schmorantz
***
homenagem ao amigo Eduardo Poisl